domingo, 29 de maio de 2011

Veja

Talvez o que eu escreva, não seja o mesmo que você lê.
Talvez o que você lê, não seja o mesmo que eu escreva.
talvez que o que leia, não seja mesmo que você leia
o que você escreva, o que eu leia...


Aos braços de Morfeu.

Ódio

Ódio... sentimento que move pessoas, que move multidões, que move montanhas.  Que une povos e começa guerras. Que destrói famílias e pessoas. Que pode tanto começar quanto terminar um relacionamento.

Troque a palavra ódio por amor e releia as frases....  Troque por tristeza, depressão.... troque pelo sentimento que for.  A situação é a mesma. As frases fazem sentido.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Incerteza

Confusão. Acho que isso resumiria quase tudo o que eu tenho para escrever no momento. Dúvidas e confusão. Acho que isso sim resumiria tudo.
Quantas vezes eu não estou andando no meio da rua e de repente paro. Paro para tentar encontrar algo que me motive a continuar a andar. Algo que me livre do redemoinho de pensamentos que invade a minha mente... Que me mostre um rumo, que diga se algo, pelo menos algo, é certo...

Mas isso nunca surge... E rapidamente isso tudo desaparece da minha cabeça e eu volto a andar.
Porém isso volta... Ah se volta. Como um mosquito em sua cama te impedindo de dormir. Volta nas piores horas, ou será que ele que torna as horas as piores?
Como matar um mosquito que vive dentro de você? Como viver em paz com ele? Como viver em paz contigo?
A vida encarando o abismo e o abismo encarando a vida... Cada qual com seu olhar de desgosto para com o outro..

Ponto do infinito

Duas retas concorrentes
que se cruzam uma vez
Decidem jogar xadrêz
até que uma se rende

A outra mostra as estrelas
Na grande imensidão
Na esperança de vê-las
Juntas, dando se as mãos

Mas a sorte não foi essa
Que grande decepção
A vida fez esta peça
Sem rumo nem direção

Como duas paralelas
As duas retas se vão
Olhando pela janela
Sentadas no avião

Metalinguagem

Nesse ninho de ratos,
Nesse ninho de cobras,
Nesse casulo de vida,
Na terra sem esperanças.


Com apenas uma métrica
Mas sem métrica alguma
Como uma vida vazia
Como um poema sem fim.

A redondilha maior
Fazendo mais uma vítima.
Mais uma regra no mundo.

Sozinho agora, sempre
A escuridão, amiga
De sua alma partida.


Nesse ninho vazio
Nesse ninho sem fim
Nesse casulo de métricas
A terra sem uma vida

A solidão ao meu lado
Dizendo m'o que fazer
Mais uma morte vazia
Mais uma vida perdida

A luz ficou no passado
As trevas tomaram conta
Olhos agora sem lágrimas

Esperança já não há
Ao reino não chegará
O bobo não voltará

Abismo

Cansei de encará-lo, abismo.
Cansei de ser encarado, abismo.
Cansei de me tornar o abismo.