quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Capítulo 5

Ainda abalado pelo que ocorreu, assim como continuará pelo resto de sua vida, R resolve mudar suas atitudes em relação com o mundo. Ele vê as outras criaturas, felizes em suas ignorâncias, apenas ocupadas em matar, morrer e se reproduzirem. Um mundo imbecil.
Para tornar esta experiência mais interessante, congelarmos, pois, R no tempo. Vamos nos divertir um pouco com as outras criaturas.
Criaturas tão desprezíveis que até mesmo o Autor não se importa com elas.
Vamos ensinar em cada andar com vida uma das criaturas a falar. Não há importância em explicar a elas de onde elas conseguiram o conhecimento necessário para a fala. Todas as outras tem alguma estrutura capaz de ser utilizada para a vocalização.
Deixe o tempo passar.

Duas almas


Um ser, duas almas. Uma com seu ideal. A outra, sequestrada por essa, jogada , definhando na luz, consegue retornar a escuridão. Nas trevas, suas conhecidas, ela se tranca novamente, não suporta o brilho, a vida que a outra tem que levar.  Nas trevas ela vê o absurdo do mundo dos vivos, assim como a planície vê a montanha.
Ela se revolta, cansou de esperar, e luta para novamente se libertar das correntes que a prendem e a tornam indefesa. Correntes não acostumadas as trevas perpétuas que logo se dissolvem na escuridão.
A morte, tenra amiga desta alma perdida, lhe dá a mão, indiferente a tudo o que ocorreu. Lhe dá a mão como um predador que entrega ossos a próxima vítima.