Um ser, duas almas. Uma com seu ideal. A outra, sequestrada por essa, jogada , definhando na luz, consegue retornar a escuridão. Nas trevas, suas conhecidas, ela se tranca novamente, não suporta o brilho, a vida que a outra tem que levar. Nas trevas ela vê o absurdo do mundo dos vivos, assim como a planície vê a montanha.
Ela se revolta, cansou de esperar, e luta para novamente se libertar das correntes que a prendem e a tornam indefesa. Correntes não acostumadas as trevas perpétuas que logo se dissolvem na escuridão.
A morte, tenra amiga desta alma perdida, lhe dá a mão, indiferente a tudo o que ocorreu. Lhe dá a mão como um predador que entrega ossos a próxima vítima.
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